terça-feira, 26 de março de 2019

Preto

Hoje vou falar de um dos meus afilhados.
Acho que em todas, ou quase todas as associações que acolhem animais, existe esta opção. Para quem gosta de animais, mas não pode ter nenhum, esta é uma maneira de poder ajudar, escolhendo um animal e pagando uma mensalidade. A forma como cada associação retribui essa ajuda difere, por isso sugiro que procurem uma associação, ou se já conhecem alguma, informem-se como funciona o apadrinhamento e ajudem.
O Preto é um gato especial para mim, pois foi o primeiro gato a quem dei reiki quando fui a'Os Xanecos. Falei nele nesta publicação, mas com tanto para contar, não voltei ao assunto.

Foto tirada na última visita

Na primeira visita a D. Marília mostrou-me a casa e foi-me apresentado os gatos. Falou do Preto pois estava muito doente e vomitava quando comia. Comecei por lhe fazer reiki a curta distância mas ao fim de algum tempo, deitou-se na minhas pernas e ali ficou um pouco. Saiu e foi comer. Não comeu muito, mas também não vomitou. Neste espaço de tempo, a Fofinha uma gatinha muito querida, veio ocupar o lugar dele nas minhas pernas. Entretanto o Preto voltou, mas com o lugar ocupado, não sabia o que fazer. Rondou um pouco e acabou por arranjar maneira de se deitar também. Depois disso outros gatos se aproximaram, mas a Fofinha a todos soprava. Parecia defender aquele momento para o Preto. Este adormeceu enroscado no meu colo e assim ficou. Passou tanto tempo, que comecei a sentir as pernas dormentes. Pegando nele mudei de posição, muito lentamente. A Fofinha não quis continuar no colo depois daquela mudança e afastou-se. 
A D.Marília, que me tinha deixado sozinha na sala, voltou para ver como estava a correr. A primeira admiração foi ver o Preto deitado no meu colo a dormir e nem se mexer quando ela chegou. A segunda foi quando lhe disse que a Fofinha soprava e lançava a pata aos gatos que se aproximavam. Disse-me que eles os dois, eram vítimas de um terceiro e talvez por isso estavam sempre juntos, mas a Fofinha nunca tinha mostrado qualquer agressividade com outros gatos.
Chegou o momento de ir embora e quis tirar o Preto, que continuavam a dormir, do meu colo. Não gostou e vocalizou o seu desagrado. À segunda tentativa lá ficou deitado, mas já acordado. Olhava para mim, como a querer perceber, porque estava eu a fazer aquilo. Quando fui embora estava novamente a comer.
O tempo total que durou a sessão de reiki para o Preto, foi 1h45.
Depois dessa, outras houve, mas nunca tão longas.
O problema de saúde não desapareceu, mas vive bem com ele.
Tornei-me sua madrinha pois além de o achar um guerreiro, é igual ao meu primeiro gato, o Noé, que faleceu há uns anos.


  

terça-feira, 19 de março de 2019

Momentos

Ontem, aconteceu-me algo pela manhã, que me deixou a matutar o dia todo.
A dualidade entre o fazer o que é certo e não ter o que esperava, contra uma atitude menos correcta, que leva quem a pratica a ser beneficiada.
Cheguei a casa e fui tirar um poema do Imperador para me ajudar a lidar com a situação

Poema 29 - Árvore enterrada
Sempre que vejo árvores enterradas, pergunto-me se há pessoas com qualidade e excelência que não foram reconhecidas


Talvez devido ao cansaço, não consegui perceber o que me queria transmitir.
Recorri ao livro do João Magalhães, Reiki Guia Para Uma Vida Feliz. Existe um capítulo dedicado aos poemas com uma interpretação para cada um.


Percebi então, que a mensagem era sobre nos valorizarmos e aos outros.
As minhas acções, sou eu que as tenho que valorizar, mais ninguém. Posso não ter a recompensa que desejava no momento, mas estou em paz comigo porque fui fiel aos meus valores.
Quanto a quem não foi totalmente correcto, uma acção não define uma pessoa que tem, com toda a certeza o seu valor. 

Fiquei em paz com a questão.



terça-feira, 12 de março de 2019

Voluntariado

As publicações que faço, são, na sua grande maioria, sobre voluntariado em animais.
Não porque seja o único que faço, mas porque é o que me toca mais e por isso faço-o com muita frequência.
No voluntariado a pessoas também não há o hábito de fotografar, pelo que há pouco para mostrar, no entanto hoje decidi falar sobre isso.
Tal como para os animais, o voluntariado passa também pelo envio à distância, além do presencial.
A dádiva de reiki em presença, ocorre, normalmente, num dia da semana dedicado a esse efeito, onde várias pessoas dão a quem aparecer para receber.
São demonstrações do que poderá ser uma sessão, pois o tempo é limitado. Por norma quem recebe consegue ter a percepção do que o reiki faz, pois relaxa e chega a sentir alívio de dores.
Recordo-me de uma situação em especial, em que uma senhora dizia ter ido receber reiki porque uma amiga lhe tinha dito para ir experimentar. Parecia até um pouco contrariada. Disse-me que não precisava de reiki para a sua vida pois tinha as suas ferramentas. Deitou-se na marquesa e iniciei o envio. No fim dos 20 minutos, estipulados para aquele dia, o semblante era outro. Sorria de forma descontraída. Perguntei como se sentia ao qual respondeu que tinha sido agradável e que não era o que estava à espera. Talvez voltasse a receber novamente.
O voluntariado à distância, normalmente faço a pessoas conhecidas que, em ocasiões pontuais, me pedem ajuda ou eu mesma a ofereço. São situações em que têm alguma dor causada por um qualquer trauma (queda, dentes, entre outras), estão nervosas ou fragilizadas devido a um acontecimento mais marcante ou simplesmente porque tiveram um dia muito desgastante e precisam de carregar baterias.
Seja qual for a forma desta dádiva, faço sempre a ressalva que reiki não é só isto. Pode ajudar muito mais se feito de forma regular, caso existam razões para isso, como por exemplo doenças crónicas, depressão ou ansiedade (mencionando apenas algumas).
Reiki também ajuda a combater medos e vícios .
Seja qual for a razão pela qual se recorre ao reiki, é importante ter em mente que, reiki não faz milagres, tudo depende de quem recebe e da sua condição de vida.



terça-feira, 5 de março de 2019

Pardal


Um dia, estava eu no trabalho, quando de repente uma grande chilreada captou a minha atenção. Eu e a minha colega dirigimo-nos à janela, pois nesse momento já havia uma grande movimentação de um pequeno bando de passarinhos. Parecia um ataque combinado a um só, que tentava escapar. Quando cheguei perto da janela comecei a sentir energia nas mãos e ao mesmo tempo todos os passarinhos foram embora, ficando apenas a vítima do ataque. Enquanto observavamos, concluímos que devia ter-se tratado da tentativa de acasalamento de vários machos com uma fêmea, que pelos vistos não estava interessada.
A energia continuava a fluir intensamente e o passarito que estava pousado no parapeito voltado para a rua, de repente virou-se para a janela e aproximou-se. Penicou mesmo junto à janela e depois ficou imóvel.



A minha colega perguntou: Será que nos está a ouvir? É que ver não nos vê. Ou será que está a sentir o que lhe estás a fazer?
A minha resposta, perante a energia que sentia fluir, foi: Eu diria que está a sentir.
Ficámos ali por alguns minutos, eu e o passarito, que deduzi ser um pardal, quando finalmente se foi embora aos pulinhos.
Durante o tempo em que lhe estive a dar reiki, esteve equilibrado apenas numa patinha e com as penas ligeiramente arrufadas.

Foi a minha experiência de reiki, em animal “selvagem”, mais marcante e documentada.